Nasceu em São Paulo, em 1956. “Criam sua cabeça para comercializar o seu couro e comer a sua carne, clima caótico da canção calada de uma caveira cravada na areia. Jaz a ossada ardendo ao sol.”
Com apenas cinco anos de idade surpreende sua mãe, que o encontra desenhando animais, pessoas e objetos da sala. Estupefata com o talento do filho passa a incentivá-lo, comprando-lhe revistas e livros; que Walter passa a copiar, acrescentando ou subtraindo detalhes. Aos 11 anos de idade, inscreve-se na Escola Panamericana de Arte, onde tem aulas de pintura, desenho artístico e publicitário. Decorrido pouco tempo abandona as aulas artísticas, que pouco tinham a lhe ensinar, e dedica-se aos estudos. Entretanto, continua desenhando e pintando, sobretudo figuras e retratos que lhe encomendavam. Vê no curso de Arquitetura, a única saída possível; continuando com a pintura, e ao mesmo tempo, realizando-se profissionalmente. Concluído o curso, trabalha em várias empresas e leciona arte. Abandona a carreira de arquiteto, para livremente dar largas à imaginação e fazer aquilo que realmente quer – criar, sem qualquer tipo de obstáculo, sem limitações; surge-lhe pela primeira vez na vida, o fascínio pela grande cidade, por tudo aquilo que comporta – agitação, diversidade e contrastes. Ao ver a riqueza de elementos, logo trata de representá-la, mas de uma forma hiper-realista – nenhum detalhe é esquecido, e cada qual com seu significado. Em meio às cenas do cotidiano citadino, observam-se animais de grande porte abatidos no asfalto; como que mostrando a desumanização a que o homem se submete na grande selva de pedra que ele mesmo construiu. Walter, procura dar um passo mais além, e pinta as suas cidades do futuro – telas de grandes proporções propõem novos espaços para um novo mundo! |