Edmundo MIGLIACCIO (1903 - 1993)


E
dmundo Migliaccio nasceu em 1903, e faleceu em 1983.  “A pintura sem desenho não é Arte”.

Quando criança, em Caconde, todo mundo brigava com ele, porque desenhava com carvão de tora as paredes da cidade.

Lutou anos a fio para ter casa própria, desenhando minuciosamente todos os detalhes; a construção foi obra do irmão que era pedreiro.

Seus temas favoritos eram árabes, cabeças de velhos e retratos, realizados com extrema habilidade e mestria.

Gostava muito de Itália e conhecia aquele país como se já tivesse lá morado a vida inteira. Nunca lá foi, pois temia morrer do coração, de tanta emoção.
Era apaixonado por música clássica e ópera. Tocava violino, bandolim e um velho serrote sem dentes que colocava entre as pernas, extraindo som de soprano enquanto cantava, acompanhando a vitrola.

Aos 77 anos de idade, acometido por um insulto cerebral, fica com o braço direito paralisado. Sua aluna, Anna Contazzio, traz-lhe um banquinho que encaixava na poltrona, dá-lhe papel e lápis; o desenho sai perfeito! Só que desta vez os temas são outros: velhos e árabes são trocados por jovens e adolescentes.

Passava horas olhando a natureza, e tinha especial sensibilidade para o cheiro da terra molhada após a chuva.

A última obra que empreendeu mostrava um velho vendendo retratos de palhaços, que intitulou de Vendedor de ilusões.

 

 


 
   

 

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