O Museu Virtual Abertura surge com um novo conceito, inverso ao habitual, como uma porta que se abre ao mundo levando a arte ao encontro do homem, provocando impacto e eco com o realismo da vida de cada ser e no seu contexto histórico-social. De lugar hermético, empoeirado e debruçado sobre um passado remoto e estático, no qual “jazem” obras encerradas em si próprias, estanques em prosaicos padrões estéticos e confinadas apenas ao registro documental, passa a lugar aberto a novas perspectivas, servindo de reflexão aos temas perenes que comportam o mundo e o homem; para os quais não existem respostas únicas nem definitivas, levando a um desejo profundo de liberdade encontrada na incessante busca pela verdade que encerra o Belo!  É, nesta justa medida, que se encontram os verdadeiros valores culturais, sociais e espirituais; não a partir daquilo que será, mas sim, a partir daquilo que é e daquilo que já foi criado!

O ideal sublime da arte, como expressão máxima da criação humana, supera, em certo sentido, a beleza encontrada na natureza; porque criada pelo próprio homem. No momento de encontro, em que o homem se supera e cria, e a beleza encontrada na sua obra, é que acontece o fulgurante estado de espírito, pensado e sentido, de momentos de plena realização em felicidade e paz, por quem a admira. Obras abandonadas, inúteis, portanto, e desprovidas de um sentido maior, adquirem nova importância quando se lhes atinge a “alma”, quando passam a ser entendidas, quando expressam o seu “pensamento” e suas “emoções”, quando chegam para mostrar e mudar o perverso realismo que encontram... A arte, assim entendida, sai do museu e transforma-se em teatro com vida própria! O cenário, um país; o mundo, os protagonistas, os homens; o enredo, o sofrimento, a exclusão, a nostalgia, a vida e o pensar o ser!